O servidor público precisa se mobilizar contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional da Reforma Administrativa, a PEC 32/20, defendeu o deputado Israel Batista (PV/DF), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Servidor Público (Servir Brasil), ao participar da estreia da sessão de entrevistas da Anajus TV, o canal no You Tube da Associação dos Analistas do Poder Judiciário e do Ministério Público da União. Ele pediu que o segmento acompanhe as atividades da Frente previstas no site www.servirbrasil.org.br.
Para o parlamentar, é preciso levar o debate aos servidores comuns, que estão no dia a dia trabalhando e “muitas vezes não se ligam que as vidas delas estão sendo decididas no Congresso Nacional sem que sequer saibam disso”. Por isso, acrescentou, é fundamental a pressão direta por parte da categoria. “Então, se apenas as entidades se posicionarem, o governo toma poucas atitudes. É preciso que o servidor comum, que em condições de normalidade não se mobiliza, se engaje, pois, se eles não se movimentarem, teremos problemas no início do ano que vem”, avalia Batista.
O parlamentar fez advertência, levando em conta que líderes do governo já anunciaram a disposição de colocar em votação, a partir de fevereiro de 2020, não só a Reforma Administrativa como também a PEC Emergencial, cujo texto prevê o corte da jornada de trabalho dos servidores públicos com corte equivalente nos salários.
Imagem distorcida
O deputado também recomendou que os trabalhadores do poder público devem cobrar explicações dos parlamentares para rejeitar essas propostas e atuar para mudar a imagem distorcida da categoria junto à mídia, o que vem sendo conquistado, na avaliação dele. “A grande imprensa tinha uma visão majoritariamente contra o servidor público, como se ele fosse um marajá”, pondera.
A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Ministério Público está realizando um trabalho de articulação, a fim de mobilizar as entidades representativas e os servidores, “porque estamos diante de um governo anti epresentação trabalhista”, criticou Israel.
Ameaças aos atuais servidores
O deputado ressalta que a ideia do governo é manter os atuais servidores fora da reforma administrativa. Mas um grupo de parlamentares apresentou uma proposta incluindo os atuais na abrangência dos efeitos da proposta, como o fim da estabilidade. Daí, na avaliação dele, há a ameaça concreta de que a proposta pode resultar em novo corte dos direitos dos servidores.
“O primeiro passo da mobilização é tomar conhecimento do assunto para não falar besteira. Estamos passando para os servidores um conjunto de estudos para que eles possam ter acesso. A gente simplifica, para que eles tenham capacidade argumentativa”, conta o deputado.
Para o parlamentar, se a reforma vier do jeito proposto pelo governo, trará prejuízos para o Brasil inteiro, que podem ser evitados com a articulação da Servir Brasil e dos servidores públicos em todos os níveis e de todos os poderes porque todos serão afetados.
Eu percebo uma certa falta de vontade em alguns colegas meus, também servidores, em apreciar as mudanças que grupos de parlamentares querem incluir na PEC.
Muitos estão achando que estão vivendo no país das maravilhas.
Vamos às ruas vamos a luta
Concordo que tem que ter um engajamento maior do servidor público para que se possa reverter a situação.
NaoReformaAdministrativa e o desmonte do serviço público para favorecer os mesmos! O Brasil precisa acordar!
Vamos a luta !