O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público (Servir Brasil), Professor Israel Batista (PV/DF), voltou a afirmar que na ausência de propostas de Estado para o Brasil, o governo federal resolveu priorizar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, conhecida como Reforma Administrativa.
“Ela é impregnada de preconceito e discriminação pelo funcionalismo. Foi proposta por um governo que nunca disfarçou a má vontade pelo servidor público e o trata como adversário. A PEC 32 identifica na estabilidade a causa para o mau serviço público. Ora Paulo Guedes (ministro da Economia) fala em poupar 300 milhões, ora em 800 milhões de reais. Ela não é baseada em dados, mas em dogmas”, disse o parlamentar.
A declaração ocorreu durante a live promovida pela Agência dos Servidores, nesta quarta (16). Além da Servir Brasil, participaram da entrevista o presidente da Central Pública Paraná, Wanderci Polaquini; o presidente da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público (Condsef), Gilberto Jorge Cordeiro; e o jornalista Umberto Goularte.
PEC Emergencial
Israel Batista também comemorou o adiamento da apresentação do parecer da PEC Emergencial – que estabelece a redução de até 25% nas jornadas e nos salários de servidores públicos – para 2021. Para ele, a discussão mais importante é justamente a que o governo insiste em adiar: a Reforma Tributária.
“Entre países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas o Brasil e a Estônia não taxam lucros e dividendos. Temos um sistema tributário complexo que pune os pobres e a classe média. E quando essas pessoas passaram a cobrar a Reforma Tributária, colocaram a Administrativa na frente. Certos grupos de poder e de influência agem assim para ofuscar o debate sobre a redistribuição da carga tributária”, alertou Israel Batista.
A Agência dos Servidores está promovendo no próprio canal do YouTube uma série de entrevistas e debates com parlamentares que coordenam frentes parlamentares com atuação em defesa e valorização dos serviços e dos servidores públicos.
Penso, que reformas devem acontecer, para trazer melhorias. Não, para destruir conquistas importantes que o país conquistou ao longo, de todos esses anos, de luta por melhores condições de vida para o seu povo! E que agora, essa suposta “reforma”, vem retirar! Não, ela não pode acontecer, nessas bases em que nos é apresentada!